quarta-feira, 14 de dezembro de 2011



Música: Ouro de toloMais uma vez, valeu Ruy Godinho! Você pressentiu, nós já estávamos nos preparando pra pedir: ‘toca Raul!’.
E você tocou Raul precedido do belo depoimento de Ana Maria Baiana. Mais que uma crítica aos valores da classe média, a música ‘ouro de tolo’ é confessional. Mas, não deixa, por isto, de ser poética. Lá pelas tantas, bem ao gosto dos poetas surrealistas, o roqueiro baiano manda essa:
‘No cume calmo
do meu olho que vê
assenta a sombra sonora
de um disco voador...’

Ouça Aqui o Programa: 

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

[as núpcias do céu e do inferno]



I
uma longa citação de ruy godinho, valeu ruy!


II
raul e os bastidores da música medo da chuva
III

superficial por excesso de profundidade, diria nietzsche


Ouça Aqui o Programa: 



Caro leitor e ouvinte da coluna Estação Raul,

A partir desta quinta-feira a equipe, de criação e produção do programa, entrará de férias. Nem por isto a coluna deixará de trazer uma novidade a cada semana.

Continue ligado e acompanhando nosso trabalho.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Música: 'Doce, doce amor'


Caro ouvinte e leitor,
É inacreditável como uma simples informação oferece toda uma ressignificação a uma obra. Neste caso, à música composta por Raul Seixas, ‘doce, doce amor’.
O caso é que a baladinha ingênua e sentimental se transforma num manifesto anti-autoritário.


Dedicamos este programa a todos aqueles que, cotidianamente, são vítimas do AI-5 e sentem nostalgia de seu ‘doce, doce amor’.


Ouça Aqui o Programa: 

Ouça, 'Doce, doce amor' na Estação Raul


Hoje às 22:55 rádio UEL-FM

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

DIA 18 DE NOVEMBRO, 21 HORAS

SALA DE EVENTOS DO CCH

ESTAÇÃO RAUL

APRESENTA:

RAUL SEIXAS, DOS GREGOS AOS BAIANOS

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Eh Meu Pai

Sempre surpreendente, Raul Seixas na música Eh, meu pai pede ajuda a Deus para os momentos difíceis.
Na verdade, ele pede mais que ajuda, pede energia, fé e força para enfrentar a vida e seus mistérios, sempre insondáveis.

Ouça Aqui o Programa: 

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Eu Quero Mesmo



Raul Seixas Lançou-se no cenário da Música Brasileira disposto a ser uma opção ao iê-iê-iê romântico que se propagava no Brasil através da Jovem Guarda, que compunha deslumbrada ainda pela primeira fase dOs Beatles (She Loves you Yeah Yeah Yeah). Surgia assim o que ele chamou de iê-iê-iê Realista. "No cume calmo" do olho, Raul queria cuspir na cara das pessoas o dia-a-dia, isento das utopias românticas da música nacional da época. Logo ele foi copiado e todo mundo passou a "reclamar". Maluco que era, e fora dos padrões, ele rompe com sua própria criação, e metamorfoseia seu iê-iê-iê Realista, num iê-iê-iê Romântico. Mas não é uma simples retomada do que se negou no inicio... O amor aparece aqui de maneira trágica rimado com dor... Sem falar difícil, Raul fala do amor dizendo "Eu Te Amo" sem medo de que um ouvinte qualquer tire sarro dessa condição de apaixonado. Aqui não importam os outros... só a musa "eu quero mesmo é gostar de você..."

Ouça Aqui o Programa: 

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Diário de bordo da nave Estação Raul

Caros companheiros de trabalho da Estação Raul. Estamos escrevendo esse email para comunicar nossa saída da produção do coletivo poesia dos 50. Felizmente acabamos em all you need is love, so, let's enjoy different worlds because we can sing!
Com o amor a gente aceita a morte e vida nova que sempre bate a porta. O fim da Estação Raul para nós é um momento feliz, de estar em dia não com a "espécie de tributo ao Raul Seixas" (acho que ele não precisa de credores), mas sim com a metamorfose da filosofia possível nas suas músicas (intenciono algo bem ao gosto do rock por vezes debochado de Raul Seixas, ao meu ver, o único raulseixista possível).
Sendo assim, faço votos para que continuem as marteladas nesse "filão", grandes experimentações foram e serão possíveis, uma lista de colunas radiofônicas intensas já existe.
Parabéns para nós, para os que continuam e para os que virão.
Pluct, plact, zum para vocês! Deixem o carimbador, e boa viagem!!!
(26/08/2011)
Fábio e Maria

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O dia em Que a Terra Parou

O Maluco Raul Seixas, em seu sonho, viu um mundo parado... Inerte.... Em paz!
Como bom discípulo de Heráclito, Raul mostrou na canção "O Senhor da Guerra", a necessidade iminente da guerra para o movimento.
Lutar pela paz é uma imensa contradição! É como lutar a noite para que o sol não nasça de manhã. Até a ciência biológica de Darwin, percebeu que a guerra é o motor da vida. Não é essa a lógica da seleção natural? Isso aqui não é uma panfletagem em favor da violência, das bombas e do genocídio. É apenas o reconhecimento de que tudo o que se move, o faz através de um conflito.
Aos que insistem em lutar e panfletar pela paz, o local mais apropriado para encontrá-la é o cemitério.

Abaixo a Letra inteira da canção "Senhor da Guerra" (Raul Seixas)

Muito (des) prazer, eu sou o senhor da guerra
Eu vou lhes dizer o que a guerra encerra
Abra os olhos, vê se presta atenção
Atenção!
Atenção!

A guerra traz um pouco de ação
Evita a superpopulação
É dinheiro pra quem sabe ganhar
E isso faz o mundo girar
Aquele que lutar pela paz
Aposto que ainda não sabe a besteira que faz

Pois guerra é guerra
Que sacode a nossa terra
Quem se vira aqui se ferra
O negócio é se dar bem
Se a barra pesa
Oc carola entra na reza
Bom gorila que se presa
Não dá bola pra ninguém

Muito prazer eu sou o senhor da guerra
E vou lhes dizer o que a guerra encerra
Abra os olhos, vê se presta atenção
Atenção!
Atenção!
Levanta pelo mundo na mão
É lança, arco e flecha ou canhão
Agora nosso pique é total
Terceira estrela no sideral
E o velho Harlley que se cuide
Ou pegue o rabo e se mude

Pois guerra é guerra
Que sacode a nossa terra
Quem se vira aqui se ferra
O negócio é se dar bem
Se a barra pesa
Os carola entra na reza
Bom gorila que se presa
Não dá bola pra ninguém

Ouça Aqui o Programa: 

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

TRILOGIA DO AMOR

Máscaras do poeta fingidor:

Parte 3

"A máscara misteriosa"


Música: 'Love is magick'


Texto e voz: Gabriel Giannattasio

Introdução musical: Beatles 'All you need is love'

Edição: Jeferson Sabran

Produção: Coletivo Poesia dos 50

Ouça Aqui o Programa: 



quarta-feira, 14 de setembro de 2011

TRILOGIA DO AMOR
Máscaras do poeta fingidor:
Parte 2
“A máscara libidinosa”

Música: Loba
“Era uma vez uma garotinha que ia tirando e jogando suas roupas na fogueira. Fazia isso a pedido de um lobo peludo que fingia ser sua vovozinha...”

Pode parecer, mas isso não é uma versão pornô da história de Chapeuzinho Vermelho. A cena descrita faz parte de uma dentre as 35 versões existentes na cultura popular ao redor do mundo para essa historinha. Isto, antes dela ser consagrada como um conto de fadas nos textos dos alemães Jacob e Wilhelm Grimm, no século 19. Narrativas populares como Chapeuzinho Vermelho foram durante séculos transmitidas oralmente de geração para geração. Mas, nem sempre eram histórias para crianças e raramente tinham finais felizes.

Ouça, na Estação Raul, mais uma versão desta clássica história.

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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Trilogia do Amor I












TRILOGIA DO AMOR
Máscaras do poeta fingidor:
Parte 1
"A máscara debochada"

Tu és o MDC da Minha Vida
Ouça Aqui o Programa: 

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Trilogia do Amor

Estação Raul leva ao ar, nos dias 01, 08 e 15 de setembro, a Trilogia do Amor.

Sintonize 107,9 Radio UEL-FM, às 22:55'

Diamante de mendigo no chão de cristal


Na Vila Velha, em Londrina, o chão de Cristal da boate Azul

Ouviu Circe cantar sobre as tragédias dolorosas da vida.

As casas foram ao chão, e o pessoal se espalhou por aí.



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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Mais dez mil anos na Estação Raul

Caros ouvintes da Estação Raul


Devido a problemas técnicos o programa "Eu nasci há dez mil anos atrás" não foi completo ao ar na semana passada. Por essa razão, mantivemos o mesmo programa nessa semana.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Há dez mil anos atrás

EU NASCI POR VOLTA DE DEZ MIL ANOS ATRÁS
(Tradicional – Adaptada por Elvis Presley)

Eu vi a filha do velho Faraó trazer Moisés das águas
Eu vou chutar o cara que falar que não

Eu nasci por volta de dez mil anos atrás
E não tem nada nesse mundo que eu não saiba
Eu salvei a vida do rei Davi e ele me ofereceu uma esposa
Eu falei, agora você está conversando sobre negócios, pegue uma cadeira

Yeah, eu nasci por volta de dez mil anos atrás
E não tem nada nesse mundo que eu não saiba
Vi Pedro, Paulo e Moisés brincando de passa-anel
Eu vou chutar o cara que falar que não

Eu nasci por volta de dez mil anos atrás
E não tem nada nesse mundo que eu não saiba
Eu vi a filha do velho Faraó trazer Moisés das águas
Eu vou chutar o cara que falar que não

Eu estava lá quando o velho Noé construiu a arca
E eu rastejei até a janela quando anoiteceu
Eu vi Jonas comer a baleia e dançar com o rabo do leão
E eu atravessei Canaã em um pedaço de madeira

Yeah, eu nasci por volta de dez mil anos atrás
E não tem nada nesse mundo que eu não saiba
...



















EU NASCI HÁ DEZ MIL ANOS ATRÁS

(Adaptada por Raul Seixas)

Um dia, numa rua da cidade, eu vi um velhinho sentado na calçada
Com uma cuia de esmola e uma viola na mão
O povo parou pra ouvir, ele agradeceu as moedas
E cantou essa música, que contava uma história
Que era mais ou menos assim:

Eu nasci há dez mil anos atrás
E não tem nada nesse mundo que eu não saiba demais
Eu vi cristo ser crucificado
O amor nascer e ser assassinado
Eu vi as bruxas pegando fogo pra pagarem seus pecados,

Eu vi,
Eu vi Moisés cruzar o mar vermelho
Vi Maomé cair na terra de joelhos
Eu vi Pedro negar Cristo por três vezes diante do espelho

Eu vi,
Eu nasci
Há dez mil anos atrás
E não tem nada nesse mundo que eu não saiba demais
Eu vi as velas se acenderem para o Papa
Vi Babilônia ser riscada do mapa
Vi conde Drácula sugando o sangue novo
E se escondendo atrás da capa

Eu vi,
Eu vi a arca de Noé cruzar os mares
Vi Salomão cantar seus salmos pelos ares
Eu vi Zumbi fugir com os negros pra floresta
Pro quilombo dos palmares

Eu vi,
Eu nasci
Há dez mil anos atrás
E não tem nada nesse mundo que eu não saiba demais
Eu vi o sangue que corria da montanha
Quando Hitler chamou toda a Alemanha
Vi o soldado que sonhava com a amada numa cama de campanha

Eu li,
Eu li os símbolos sagrados de Umbanda
Eu fui criança pra poder dançar ciranda
E, quando todos praguejavam contra o frio,
Eu fiz a cama na varanda

Eu nasci
Há dez mil anos atrás
E não tem nada nesse mundo que eu não saiba demais
Não, não porque...
Eu nasci
Há dez mil anos atrás
E não tem nada nesse mundo que eu não saiba demais
Não, não

Eu tava junto com os macacos na caverna
Eu bebi vinho com as mulheres na taberna
E quando a pedra despencou da ribanceira
Eu também quebrei e perna
Eu também,
Eu fui testemunha do amor de Rapunzel
Eu vi a estrela de Davi brilhar no céu
E praquele que provar que eu tô mentindo
Eu tiro o meu chapéu


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sexta-feira, 29 de julho de 2011

O coração noturno amanhece na Estação Raul

Um Coração que é Noturno, tem sede da Luz, ama o sol, pois tem nele seu descanso. Mas o Sol é Luz, como Zaratustra, tem na noite seu descanso... Mas todos os corações, diurnos ou noturnos, encontram a perfeição na junção dos opostos, que no fundo, nunca se opuseram, mas compõe uma mesma coisa. É a dimensão do trágico, onde dia e noite se misturam em mágicos instantes que inspiram o amor a terra e a vida, com todos os seus contrários. Com toda a dor e o prazer que houver... O Coração Noturno, diz também Sim a Luz... Diz "Bom dia Sol"!

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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Cantar

[dançar por dançar]
Na música 'cantar' raul narra momentos marcantes de sua trajetória artística, valorizando nela, o canto, a música e a metamorfose.
Se ele cantou só por cantar, se ele tocou só por tocar, nós vamos dançar só por dançar.


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sexta-feira, 15 de julho de 2011

"Todo mundo está feliz" aqui na Estação Raul



No mesmo ano em que compôs a música 'Doce, doce, amor' para Jerry Adriani,
Raul Seixas gravou, com 'A sociedade da Gran Ordem Kavernista',
a música de Sérgio Sampaio
'Tudo mundo está feliz'.

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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Requiém para uma flor na Estação Raul




Réquiem é um canto fúnebre, e aqui Raul Seixas o dirige a uma flor: um pequeno girassol, ou pra quem preferir o Homem. O Pequeno Príncipe se deparou com o geógrafo, que desprezava as flores, valorizando as “enormes montanhas, que não dizem nada”. Os homens que sofrem calados são como as montanhas, incapazes... Raul Seixas não se calou, se entristeceu como o Pequeno Príncipe, fez seu Réquiem ao efêmero fruto do mundo, afinal, o que é efêmero, se pensarmos, mais como as crianças e menos como o Geógrafo, é o mais bonito...

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quinta-feira, 30 de junho de 2011

A casa tomada

O que poderia existir de comum entre o conto de Julio Cortazar, La casa tomada, e a música Paranóia, de Raul Seixas? Não se trata, aqui, de buscar uma intertextualidade inexistente. Não há quaisquer indícios de que Raul tenha lido Cortazar. Todavia, na obra de ambos, existem dois elementos comuns.

O primeiro, em Cortazar, é a casa que opera como metáfora do inconsciente. À medida em que ruídos inexplicáveis a habitam, ela se fecha. Em Paranóia a casa é o próprio corpo do cantor que se fecha à lembrança de recalques, frustrações e medo. Em ambos, o mistério do inconsciente que trava, bloqueia, produz medo e não se explica.

O segundo elemento comum: Julio Cortazar e Raul Seixas são contadores de história. E aí reside o perigo. Em suas vozes, a palavra torna-se mágica. Coloca o ouvinte/leitor diante de um espelho, ora opaco, ora com imagens deformadas. E o ouvinte, que se deixa enredar por esta magia verbal, pode descobrir sua própria força e liberar sua imaginação. E a casa, tanto em Cortazar quanto em Raul, deixa de ser metáfora para transformar-se em realidade viva.


OUÇA AQUI O PROGRAMA:



quinta-feira, 16 de junho de 2011

So glad you're mine



Para Raul Seixas, o que é a tal “poesia dos 50”?
Como um historiador perspicaz, ele não se limitou à tríade Elvis Presley, Genne Vincent e Chuck Berry: foi buscar as pistas dos que “fizeram a cabeça” deles quando crianças.

Ouça Aqui o Programa:



quinta-feira, 9 de junho de 2011

Na Estação, Raul é



A música intitulada ‘sou o que sou’ não aparece na discografia de Raul Seixas,
composta em parceria com Tania Menna Barreto, em 1978, a música figura
num dos discos póstumos do cantor.

Ouça Aqui o Programa:

sexta-feira, 3 de junho de 2011

A lua cheia na Estação Raul

[as flores do mal baudelairianas]
"Porias o universo inteiro em teu bordel,
Mulher impura! O tédio é que te torna cruel.
Para teus dentes neste jogo exercitar,
A cada dia um coração tens que sangrar.
Teus olhos, cuja luz recorda a dos lampejos
E dos rútilos teixos que ardem nos festejos,
Exibem arrogantes uma vã nobreza,
Sem conhecer jamais a lei de sua beleza!
Ó monstro cego e surdo, em cruezas fecundo!
Salutar instrumento, vampiro do mundo,
Como não te envergonhas ou não vês sequer
Murchar no espelho teu fascínio de mulher?
A grandeza do mal de que crês saber tanto
Não te obriga jamais a vacilar de espanto
Quando a mãe natureza, em desígnios velados,
Recorre a ti, mulher, ó deusa dos pecados
- A ti, vil animal -, para um gênio forjar?

Ó lodosa grandeza! Ó desonra exemplar!"











[as flores do mal raulzeanas]
"Mulher, tal qual Lua cheia
Me ama e me odeia
Meu ninho de amor
Luar é meu nome aos avessos
não tem fim nem começo
Ó megera do amor!
Você é a vil caipora
Depois que me devora
Ó giboia do amor!
Negar que me cospe aos bagaços
Q
ue me enlaça em seus braços
tal qual uma lula do mar ...Ó Lua Cheia, veve piscando
os seus óios para mim
Ó Lua Cheia, cê me ajudeia
desde o dia qu'eu nasci
O Sol me abandona no escuro
do teu reino noturno
ó feiticeira do amor
Ouvir o teu canto de sereia
é cair na tua teia
ó fada bruxa do amor
Uhm, negar que me cospe aos bagaços
Que me enlaça em seus braços
Tal qual uma lula do mar
Ó Lua Cheia, veve piscando
os seus óios para mim
Ó Lua Cheia, cê me ajudeia
desde o dia qu'eu nasci"

Ouça Aqui o Programa:

sexta-feira, 27 de maio de 2011

A bicha! na Estação Raul



Nos anos 60, um dos gurus da contracultura, Herbert Marcuse dizia que a sociedade ocidental ensinava a vermos as coisas numa única dimensão. Ou seja, o homem ocidental via o mundo a partir das proibições de sua cultura, via o mundo como um cavalo usando um tapa-olhos imaginário.

O mundo da sexualidade, visto pela perspectiva desta cultura do tapa-olhos imaginário, tinha um nome e se chamava heterossexualidade.O que fizeram os herdeiros da contracultura? As feministas, os gays, as lésbicas? Realizaram um trabalho de inversão da identidade sexual, a nova cultura ocidental não é mais hetero, mas, homossexual.

Continuamos como éramos, animais de uma só dimensão. O que fizemos? Simplesmente, invertemos, perigosamente, os valores. Raul percebia, já em seu tempo, nestas tendências o triunfo de uma sociedade profundamente narcísica fundada num ódio contra tudo aquilo que crê não ser,a sociedade de uma intolerância invertida, negadora da vida. É esta visão niilista de mundo que triunfa ao fazer da homossexualidade a santa sagrada do mundo contemporâneo.

A bicha! Essa Santa Sagrada do mundo contemporâneo!


Ouça Aqui o Programa:

quarta-feira, 25 de maio de 2011

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Professor Peixoto e Luiz Miguel na Estação Raul





O professor Peixoto bem que tentou cumprir sua missão pedagógica de ensinar algo da cultura Greco-romana ao garotinho Luiz Miguel, mas alguém já tinha falado a ele sobre o antigo deus dos mares daquele povo...

Foi o Raul Seixas, aquele cara barbudo, quem formatou a imagem de Poseidon e devolveu-a para o universo das crianças. Agora baixo, gordo e salgado, ainda possui o tridente, mas tem um nome mais fácil e próximo: Ao invés de Poseidon/Netuno (O Deus dos mares), tornou-se Peixuxa (O Amiguinho dos peixes).
Com uma melodia circense, muito semelhante à “Ob-La-Di, Ob-La-Da” dos Beatles, Raul ensina as crianças que se alguém sujar o mar, lar dos mais diversos peixes, o Peixuxa poderá aparecer, soprar o vento formando fortes ondas e fisgar os porcalhões com sua lança de três pontas...


Ouça Aqui o Programa:

quarta-feira, 18 de maio de 2011

sexta-feira, 13 de maio de 2011

O espetáculo de baby




Dentre as inúmeras músicas que têm a mulher como tema, a música Baby, de Raul Seixas é singular.

Enquanto as musas de outras obras oscilam entre o prazer mundano, como Babilínea, e o amor poético, como Ângela, por exemplo, Baby tem como personagem uma adolescente. E nos olhos dela, a personagem, o cantor vê a explosão erótica da juventude. Sem assumir qualquer atitude paternalista, o cantor a convida a mergulhar em suas sensações e experimentar o fogo das paixões. Militante hedonista, o convite de Raul Seixas é para que a jovem obedeça seu coração.

Carpe diem.

Ouça Aqui o Programa:

quarta-feira, 11 de maio de 2011

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Raul responde



[Raul responde]

Em O homem, Raul Seixas se identifica com o anjo torto, caído e negro que no momento em que estava por partir resolveu voltar.

E, já que resolveu ficar Raul, em O homem, oferece um sentido para sua existência. Afinal, se fico, porque fico?

Ainda que as águas que o conduzem sejam turvas e anunciem este canto que não presta, que tanta gente então detesta, O homem Raul afirma, quero estar vivo para ver o sol nascer.

Com a leveza
de quem carrega o mundo
e sobe
pelo elevador dos fundos
sem sequer sentir


Ouça Aqui o Programa:

quarta-feira, 4 de maio de 2011

quinta-feira, 28 de abril de 2011

A mosca na sopa da Estação Raul



Mosca na sopa foi lançada em 1973 no LP Krig Há Bandolo. Vivíamos em plena ditadura militar. O ar era sufocante. Oprimia tudo, ou quase. Liberdade, cultura e criatividade passavam pela tesoura afiadíssima da censura. Para alguns artistas, as metáforas foram a válvula de escape. Surgiram muitas moscas à época. Dentre elas, o autor Raul Seixas que foi parar, primeiro no DOPS, a polícia política daquele momento; depois no exílio. Os policiais achavam que Krig Há Bandolo era alguma senha, ou palavra de ordem, de algum grupo subversivo. Queriam saber qual?

Ouça Aqui o Programa:



A mosca zumbizando na Estação

Ouça a Estação Raul

Quinta feira
às 22:55

- Mosca na sopa -

na Rádio UEL FM

Para ouvir a qualquer hora
acesse o blog: http://estacaoraul.blogspot.com/
ou o site: http://www.uelfm.uel.br

sexta-feira, 22 de abril de 2011

A mais ridícula música de amor de Raul Seixas



De acordo Com o dicionário, Ridículo é o “Digno de riso, merecedor de escárnio ou zombaria, que se presta à exploração do lado cômico, irrisório, risível: situação insólita e mesmo ridícula.” Quem não se
diverte imaginando o curinga Raul Seixas vivendo pacatamente como um porteiro de prédio, taxista, faxineiro ou garçom? É a força arrebatadora do “amor”, um sentimento capaz de transformar até o mais “amargo” dos homens em uma pessoa “doce”. As ultimas conseqüências desse sentimento que aparece de maneira inevitável e incontrolável, é o derramar-se em um pedaço de papel, fazendo juramentos e promessas por vezes absurdas...
Raul Seixas rompeu com a comum vergonha de manter as ridículas palavras de amor confinadas ao universo de um casal, publicando-as em canções como “Tu és o MDC da Minha Vida” e “Ângela” entre ouras... Mas entre todas as suas canções, nada soa mais ridículo a um fã do que imaginar um ídolo deixar de ser ídolo, pra se misturar a uma multidão anônima em nome da urgência de olhar diariamente nos olhos de alguém e dizer “I Love You”... “Mais I Love You”, a sombra do poema de Fernando Pessoa, conta com as mais ridículas palavras cantadas por Raul Seixas, uma musica que sem deixar de ser música, é apenas mais uma “Carta de Amor”.


Ouça Aqui o Programa:



quarta-feira, 13 de abril de 2011

Mas I love you

Ouça a Estação Raul

Quinta feira
às 22:55

- Mais I Love you -

na Rádio UEL FM

Para ouvir a qualquer hora
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sexta-feira, 8 de abril de 2011

A sociedade da Gran Ordem Kavernista na Sessão das dez

Na música Sessão das Dez, gravada em seu primeiro long-playing (LP), A Gran Ordem da Sociedade Kavernista, lançado em 1971, Raul Seixas inaugura aquilo que seria a sua marca registrada durante toda a sua carreira: a mistura de sons e gêneros musicais, sem rejeição a nenhum tipo de sonoridade, seja ele o rock ou o brega. O lançamento do disco foi um fracasso comercial, seguido de muitas histórias e mitos a seu respeito, mas as bases de seu perfil criativo estavam lançadas e, pode-se dizer, Raul foi-lhe fiel até seus últimos dias.
Ouça Aqui o Programa:

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Está na hora da Sessão das Dez na Estação Raul

Ouça a Estação Raul

Quinta feira
às 22:55

- Sessão das dez -

na Rádio UEL FM

Para ouvir a qualquer hora
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quinta-feira, 31 de março de 2011

O carimbador na Estação



A música ‘carimbador maluco’ é um hino anti-autoritário inspirado na obra do anarquista Pierre Joseph Proudhon, teórico que nasceu na França em 1809 e morreu em Paris em 1865, aos 56 anos de idade. Da obra dele, Raul extraiu passagens e as musicou, produzindo, em 1983 para um programa infantil da rede Globo, um verdadeiro hit, ‘plunct plact, zummm’.


Ouça Aqui o Programa:



terça-feira, 29 de março de 2011

Plunct, plact, zum! O carimbador maluco na Estação

Ouça a Estação Raul

Quinta feira
às 22:55

- Carimbador maluco -

na Rádio UEL FM

Para ouvir a qualquer hora
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sexta-feira, 25 de março de 2011

O canto para minha morte



Dançando um tango com a vida, Raul Seixas imagina a morte.

Segredo da vida, mistério e acaso, a morte é a única certeza de quem vive.

Imprevisível em sua forma, não se pode prever a maneira como ela virá.

Inesperada em sua ação, não se pode saber quando ela virá.

Eis a lição: viva, até que ela venha.

Morte: quem sabe não diz.

Ouça Aqui o Programa:

terça-feira, 22 de março de 2011