quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Eu Quero Mesmo



Raul Seixas Lançou-se no cenário da Música Brasileira disposto a ser uma opção ao iê-iê-iê romântico que se propagava no Brasil através da Jovem Guarda, que compunha deslumbrada ainda pela primeira fase dOs Beatles (She Loves you Yeah Yeah Yeah). Surgia assim o que ele chamou de iê-iê-iê Realista. "No cume calmo" do olho, Raul queria cuspir na cara das pessoas o dia-a-dia, isento das utopias românticas da música nacional da época. Logo ele foi copiado e todo mundo passou a "reclamar". Maluco que era, e fora dos padrões, ele rompe com sua própria criação, e metamorfoseia seu iê-iê-iê Realista, num iê-iê-iê Romântico. Mas não é uma simples retomada do que se negou no inicio... O amor aparece aqui de maneira trágica rimado com dor... Sem falar difícil, Raul fala do amor dizendo "Eu Te Amo" sem medo de que um ouvinte qualquer tire sarro dessa condição de apaixonado. Aqui não importam os outros... só a musa "eu quero mesmo é gostar de você..."

Ouça Aqui o Programa: 

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Diário de bordo da nave Estação Raul

Caros companheiros de trabalho da Estação Raul. Estamos escrevendo esse email para comunicar nossa saída da produção do coletivo poesia dos 50. Felizmente acabamos em all you need is love, so, let's enjoy different worlds because we can sing!
Com o amor a gente aceita a morte e vida nova que sempre bate a porta. O fim da Estação Raul para nós é um momento feliz, de estar em dia não com a "espécie de tributo ao Raul Seixas" (acho que ele não precisa de credores), mas sim com a metamorfose da filosofia possível nas suas músicas (intenciono algo bem ao gosto do rock por vezes debochado de Raul Seixas, ao meu ver, o único raulseixista possível).
Sendo assim, faço votos para que continuem as marteladas nesse "filão", grandes experimentações foram e serão possíveis, uma lista de colunas radiofônicas intensas já existe.
Parabéns para nós, para os que continuam e para os que virão.
Pluct, plact, zum para vocês! Deixem o carimbador, e boa viagem!!!
(26/08/2011)
Fábio e Maria

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O dia em Que a Terra Parou

O Maluco Raul Seixas, em seu sonho, viu um mundo parado... Inerte.... Em paz!
Como bom discípulo de Heráclito, Raul mostrou na canção "O Senhor da Guerra", a necessidade iminente da guerra para o movimento.
Lutar pela paz é uma imensa contradição! É como lutar a noite para que o sol não nasça de manhã. Até a ciência biológica de Darwin, percebeu que a guerra é o motor da vida. Não é essa a lógica da seleção natural? Isso aqui não é uma panfletagem em favor da violência, das bombas e do genocídio. É apenas o reconhecimento de que tudo o que se move, o faz através de um conflito.
Aos que insistem em lutar e panfletar pela paz, o local mais apropriado para encontrá-la é o cemitério.

Abaixo a Letra inteira da canção "Senhor da Guerra" (Raul Seixas)

Muito (des) prazer, eu sou o senhor da guerra
Eu vou lhes dizer o que a guerra encerra
Abra os olhos, vê se presta atenção
Atenção!
Atenção!

A guerra traz um pouco de ação
Evita a superpopulação
É dinheiro pra quem sabe ganhar
E isso faz o mundo girar
Aquele que lutar pela paz
Aposto que ainda não sabe a besteira que faz

Pois guerra é guerra
Que sacode a nossa terra
Quem se vira aqui se ferra
O negócio é se dar bem
Se a barra pesa
Oc carola entra na reza
Bom gorila que se presa
Não dá bola pra ninguém

Muito prazer eu sou o senhor da guerra
E vou lhes dizer o que a guerra encerra
Abra os olhos, vê se presta atenção
Atenção!
Atenção!
Levanta pelo mundo na mão
É lança, arco e flecha ou canhão
Agora nosso pique é total
Terceira estrela no sideral
E o velho Harlley que se cuide
Ou pegue o rabo e se mude

Pois guerra é guerra
Que sacode a nossa terra
Quem se vira aqui se ferra
O negócio é se dar bem
Se a barra pesa
Os carola entra na reza
Bom gorila que se presa
Não dá bola pra ninguém

Ouça Aqui o Programa: